Adoção de pets – A nossa história

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Ei gente! Hoje o post vai ser bem diferente! Para quem não sabe, eu ajudo um Abrigo de resgate de animais aqui em Belo Horizonte, o Abrigo Balaio de Gato. Eu me ofereci como fotógrafa para ajudar nas feiras e para fazer fotos dos gatinhos do gatil também, para postar a adoção.

Antes de começar a ajudar o Abrigo Balaio de Gato, eu adotei dois gatinhos. E agora vendo a situação das ONGs de apoio animal eu vim aqui contar um pouco para vocês sobre como é adotar um pet!

Esse não vai ser um post de “não compre, adote” – apesar de eu ser super à favor da adoção. Acho que cada um sabe de si e deve fazer o que acha melhor (desde que confiram muito bem a procedência do filhotinho que você vai comprar, pois há muita exploração das mãezinhas, então todo cuidado é pouco, beleza?? Você não quer um pet super fofinho e que vai te dar muito amor às custas do sofrimento da mãezinha dele, não é mesmo?). O que eu tento é fazer o possível para passar conhecimento àqueles que não sabem o que é adotar um pet e, por isso, preferem comprar. Acho que tudo que fazemos com conhecimento, tem tudo para dar certo.

Eu e meu marido moramos fora do Brasil por 1 ano para estudar. Quando chegamos lá, na casa que alugamos tinha um gatinho abandonado. A dona da casa nos perguntou se poderíamos alimenta-lo, porque ela estava acostumada a fazer isso desde que se mudou para lá, 3 anos antes. Então durante esses 3 anos ela alimentou o gatinho.

Durante o ano que ficamos lá na casa dela, nós continuamos alimentando ele e o chamamos de Chewie. Antes de sair do Brasil nós já tínhamos combinado que quando voltássemos, iríamos adotar um gatinho, então pensamos que seria uma boa oportunidade para já começarmos a nos acostumar com um felino, já que Felipe tinha pouca experiência e eu nenhuma!

Quando começamos a preparar as coisas para voltar, deu um aperto no peito. O que aconteceria com o Chewie? Como ele iria se alimentar agora, já que a dona da casa não moraria mais lá? Seria abandonado mais uma vez? Aquele gatinho já tão assustado e desconfiado? Depois de analisar as possibilidades, decidimos trazê-lo conosco!

Apesar de ter sido uma decisão fácil, colocar em prática não foi tão fácil assim.

Depois de muita luta em 15h de viagem, todos chegamos inteiros. O Chewie chegou bastante estressado, mas tínhamos certeza que tinha valido a pena, pois agora ele não sofreria mais nas ruas, teria um lar com muito amor, uma caminha macia, barriguinha sempre cheia, proteção contra a chuva… Sabíamos que ele seria mais feliz!

Eu abraçando o Chewie. 

Ph: Felipe Menezes e tratamento da foto por Samara Medeiros

Logo logo eu quis um outro gatinho para fazer companhia para o Chewie. Apesar de saber que ele é meio anti-social, eu achava que seria bom que ele tivesse um “irmãozinho”. Mas a gente não tinha intenção de adotar tão logo. Só que aconteceu de o Gandalf aparecer na nossa vida. Em uma consulta veterinária do Chewie, eu comentei com a Tathi Mourão – veterinária da clínica Mia Vida Medicina Felina – que era louca por gatinhos cinza. Na mesma hora ela falou que estava com um abandonado e procurando um lar para ele com urgência! Me apaixonei na hora, principalmente sabendo que a família que o tinha acolhido o estava abandonando.

Conversei com o Felipe, ele topou e trouxemos o Gandalf para casa apenas 2 meses depois de chegar com o Chewie!

A adaptação de um novo gatinho não é tão trivial, mas também não é nenhum pesadelo. Só precisamos ter um pouco de paciência e fazer a apresentação com calma. No futuro, posso fazer um post especial de como introduzir um novo animalzinho em casa! Rapidinho o Gandalf já se sentiu dono do pedaço. Ele é um gatinho muito carinhoso que se acostumou super fácil com a nova família e com o irmão mais velho.

Algumas pessoas acham que adotando um gatinho adulto esse gatinho não vai se acostumar com a família, não vai se apegar, não vai ser tão carinhoso. Ou então que não vai dar para ensinar bom comportamento para eles. Eu digo que nenhuma dessas afirmações é verdadeira. Isso vai mais da personalidade de cada gatinho do que da idade. O Chewie nós adotamos ele já tinha aproximadamente 4 anos e o Gandalf estava para fazer 1 ano. Os dois são suuuuper apegados a nós, muito carinhosos e conseguimos ensinar a eles tudo que queríamos (no sentido comportamental). Mas obviamente não são robôzinhos, então precisamos estar preparados para um sofá arranhado ou coisas pelo chão, as vezes!

Se você quer ter certeza da personalidade que o gatinho vai ter, sugiro adotar um adulto, pois ele já está crescido, com a personalidade bem formada. Adotando um filhote, não dá para saber como ele será quando crescer. Pode ser um filhote super carinhoso e que ama colo e quando crescer não gostar muito de agarramento. Ou o contrário, ser um filhote desapegado e quando crescer adorar ficar no colo! Além disso os adultinhos são muito mais tranquilos, já estão sossegados, não fazem tanta bagunça em casa.

Foto da família completa (feita no tripé).

Hoje não conseguimos imaginar a nossa vida e nossa casa sem essas duas bolinhas de pelo. Os dois são nossos chicletinhos e onde estamos, eles estão também. Já acordamos no meio da noite com cabeçada do Chewie e lambida na testa, Gandalf anda de cômodo em cômodo atrás da gente… Então o que podemos dizer é ADOTE! Dê a chance de um bichinho abandonado ter um lar com muito amor e carinho! Vale cada segundo! <3

Você tem alguma dúvida ainda sobre adoção de um pet? Pode me perguntar aqui! O que posso te garantir é que eles vão te retornar com mais amor do que você achava ser possível! <3

12 Abr 2018

Adoção de pets – A nossa história

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